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ENTREVISTANDO AUTORES: JAMES R. FORD

Este mês vai trazer novos títulos e autores estreantes. Entre eles está o suspense envolvente de James R. Ford, Caixa de Espelhos. Conversamos com ele para saber um pouco mais desta intrigante história e um pouco mais do próprio James.


Caixa de Espelhos conta a história de Elizabeth Baker, uma jogadora de Hockey no gelo que coleciona troféus e é campeã em fracassos emocionais. Ela está viajando com seu namorado para o interior do estado, a fim de visitar os pais como faz todos os anos na mesma época. Entretanto, sofre um acidente na estrada. Ela é socorrida por um homem chamado Doutor Leslie Maud. Um psicanalista que passava próximo e que consegue dar socorro.

O bem intencionado homem leva Elizabeth para a casa dele e apresenta suas filhas. Explica que o namorado da garota foi levado a um hospital e passa bem. Assim, oferece pouso para que possa se esperar a recuperação do companheiro e se restabelecer de uma doença oportunista. Os dias passam e Elizabeth começa a suspeitar das reais intenções da acolhedora família de estranhos. Além disso, obstáculos começam a surgir impossibilitando-a de uma total recuperação.

Embora seja a primeira publicação de James, ele não é um escritor inexperiente. Seu hábito de escrever vem desde os 15 anos, ainda na escola. Esta paixão o levou a se interessar em trabalhar com a escrita sendo a principal forma de expressão. Amante de jogos e séries fantásticas, iniciou a carreira como designer de imagens em 3D. Lá exercitou o storytelling.

Aperfeiçoou suas técnicas estudando grandes nomes da arte da narração, como Neil Gaiman e Stephen King. Durante o período que estudou Direito e Psicologia, dedicou-se a estudar a psicanálise, fazendo parte de grupos de pesquisa e criou um blog para tratar de questões jurídicas. A ideia era fazer uma exposição de trabalhos de texto dentro da área.

Com toda essa bagagem de conhecimento, unindo as técnicas de storytelling inspiradas em Neil Gaiman, estudo do comportamento e da psique humana, a lógica moral da sociedade e a manifestação da expressão pela linguagem verbal e não-verbal, o escritor percebeu que estava na hora de dar sua contribuição para a literatura nacional.


“(...) escutar o personagem e ouvir o que ele quer (…)”


James já era escritor, mas queria ter suas ideias publicadas. A maior intenção dele é proporcionar um entretenimento em que as pessoas possam tirar ideias proveitosas sem deixar de se divertir.


Acredita que o gênero da fantasia é um terreno confortável para quem deseja iniciar, mas vê que a estrutura clássica da boa e velha jornada do herói, já não é mais a melhor proposta. Da mesma forma que debater temas que sejam demasiadamente envolvidos com questões sociais e políticas dentro de um universo fantástico, é um lugar comum.


O que leva a saturar o mercado que já foi tão promissor e que, segundo ele, esquece do mais básico da literatura: Entreter. Não que os livros precisem deixar de trazer estas reflexões, mas também focar em um enredo que seja crível. Com situações e personagens que possam cumprir este papel.


Para construir seus personagens, ele usou de arquétipos de personalidade. Elizabeth é retraída, que não fala muito de si, com problemas de identidade e isto influencia na relação dela com outras pessoas, comenta. Revelou parte de sua técnica para pensar nos personagens da trama, através de seu estudo de Stephen King. “A questão de construir personagens é exatamente essa. De escutar os personagens e ouvir o que ele quer. Como sentar perto de uma fogueira em uma floresta e aguardar os personagens irem chegando, com sua parte de contribuição.” Ele ainda enfatizou que a conexão com o leitor deve passar pela verossimilhança da trama e das características dos personagens, que devem ser sempre bem trabalhados.


“... Se esse carro batesse seria um alívio…”


O autor revelou que teve o primeiro “insight” de Caixa de Espelhos, em uma viagem, pois detesta viajar de carro. Embora goste das histórias que se passam nas estradas. Típico do cinema dos anos 80. Contou que certa vez estava na estrada com sua ex-namorada e a irmã dela.


As meninas ouviam uma música muito irritante que o fez pensar ironicamente: “Nossa, se este carro batesse seria um alívio.” Então, concentrado em suas próprias ideias, começou a divagar sobre as possibilidades deste trágico episódio. Surgia a ideia da obra protagonizada por Elizabeth.


“Só de acompanhar o instagram, já dá para ver que o autor tem voz na editora.”


James confessa que chegou a pensar em ser autor independente. Por ter trabalhado como capista por um período, tinha conhecimento de como produzir sua obra sozinho. Ainda assim, optou por pesquisar mais sobre o mercado. Se desafiou e passou a enviar o original para diversas editoras.


Algumas lhe deixaram no vácuo, outras não respeitavam a proposta do livro e outras ainda não tinham a sintonia do perfil editorial. Então, acompanhando o instagram, chegou na Skull Editora. Gostou do trabalho que viu, das artes, da relação do editor com os autores, além de todo o suporte para a divulgação. Iniciava a parceria que tornaria real a Caixa de Espelhos.


“Não invente o que não sabe.”


Além de impressionar pela dedicação ao livro e deixar a gente com vontade de conhecer a Elizabeth, James nos presenteou com uma ótima dica para novos escritores. “Antes de mandar o original, pergunte-se: Você se publicaria? Se não tiver certeza da resposta, você não está pronto. Quando o livro está bom, o autor sabe” definiu.


Outra dica valiosíssima que ele deixa para os futuros autores é SEMPRE PESQUISE. Use o conhecimento que tem, suas experiências, para que você saiba descrever de forma autêntica. Assim, os personagens serão críveis e o leitor vai ser convencido disso, disse. “Não invente o que não sabe,” finalizou.


O que a gente sabe mesmo, é que este James R. Ford é um autor super criativo que faz parte do time da Skull e terá Caixa de Espelhos lançada neste mês de julho. Fique atento ao blog e nas redes sociais para não perder nenhuma oportunidade!

 

CONHEÇA O LIVRO:

Elizabeth Baker, é uma jogadora de hockey no gelo que coleciona troféus e fracassos emocionais em pleno auge dos anos 80. Em uma viagem cruzando o Connecticut, para visitar os pais, um acidente a coloca em uma situação inesperada. Ferida e debilitada, Elizabeth é acolhida por uma família misteriosa com um excêntrico patriarca. No entanto, a garota começa a suspeitar das reais intenções da acolhedora família de estranhos quando obstáculos começam a surgir, impossibilitando Elizabeth de sua total recuperação. Não muito longe dali, Dylan Waldrich, um adolescente interiorano se descobre aficionado por um autor desconhecido ao descobrir uma obra perdida na loja de quadrinhos da cidade. Enquanto isso, Bob Griffin, coloca o pé na estrada junto de seu assistente, William Bonham, no encalço de uma garota desaparecida. Conforme suas jornadas pessoais se desenrolam, uma sombra de desespero e tensão se espalha, trazendo à tona angústias e fantasmas do passado.



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